A governadora Roseana Sarney utilizou a Casa Civil do seu governo  para empregar ex-prefeitos e candidatos derrotados nas eleições  municipais de 2008, a maioria com contas rejeitadas pelo TCE.
Nomeados como assessores ainda no início do governo imposto pelo TSE,  em abril de 2009, as excelências municipais foram uma espécie de cabo  eleitoral de luxo pago com dinheiro público e com o pomposo título de  “Assessor Especial do Governador”.
Na folha de pagamento e a bem do serviço público estão, por exemplo,  nove candidatos derrotados em 2008. José Machado Vilar (PTB), derrotado  em Buriti, com 3.394 votos; Bernardo de Oliveira Lima Júnior (PV),  rejeitado em São Bernardo, com 5.429 votos; Zilmar Melo Araujo (PMDB),  rodou em Tutóia, com 6.739 votos;  Fernanda Maria Almeida de Carvalho  Bacelar (DEM), perdeu feio em Aldeias Altas, com 3.994 votos; Maria do  Carmo Sá Gomes (DEM), dançou em Paraibano, com 4.416 votos; Francisco  Jovita Carneiro (DEM),  foi para o espaço em Esperantinópolis, com 4.156  votos;  Olga Maria dos Santos Pereira Calvet (PV), foi pelo buraco em  Bacabeira, com 1.253 votos; Raimundo Quinco de Lima Filho (PSB), negado  em Santo Antonio dos Lopes com 4.254 votos; e Manoel Diniz (DEM) que  perdeu em Belágua, com 1.555 votos.
Rejeitados nas urnas, mas aceitos pelo governo, um governo que sabe cuidar das pessoas.
O mesmo cuidado também teve com ex-prefeitos, todos com contas um dia  rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado, e até mesmo pelo TCU,  como no caso do ex-prefeito 
de Duque Bacelar, Francisco Estênio Cesário  de Elias, que à época não prestou contas de recursos do Fundo Nacional  de Desenvolvimento da Educação – FNDE, e foi acusado pelo Ministério  Público Federal de improbidade administrativa. 
Foram quatro os ex-prefeitos nomeados. James Ribeiro de Sousa (São  João do Carú), Pedro da Silva R. Filho (Conceição do Lago Açu), João  Teodoro Nunes Neto (Primeira Cruz), Francisco Estênio Cesário de Elias  (Duque Bacelar) e José Francisco dos Santos (Capinzal do Norte).
As nomeações dessas pérolas foram publicadas no Diário Oficial de 7  de maio de 2009, em uma evidente politização da máquina administrativa,  já tendo em vista as eleições de outubro passado.
Além destes, ainda há os que se utilizaram de laranjas e dos próprios  filhos, como é o caso do ex-prefeito de Caxias e ex-deputado federal,  Paulo Marinho, que conseguiu nomear o filho, Paulo Celso Fonseca Marinho  Júnior, para ser o Superintendente de Avaliações das Ações  Governamentais.
Ou seja: avaliar as ações desses “assessores especiais do governador”.
Será que um dia a casa cai ?
