Hoje, por volta das
09:00 horas, em ação da Polícia Federal (A AÇÃO FOI DA POLÍCIA CIVIL), foi preso o médico Carlos Augusto do
Couto Costa (foi preso José Jadierson Sá Matias, que usava o dados do médico Carlos Augusto), na Unidade de Saúde Mista do município de Belágua (na sua residência em Belágua).
Em uma ação rápida,
os policiais entraram na Unidade de Saúde (na sua residência), indagaram se estava havendo consultas
para as pessoas que estavam na fila, momento em que, após a confirmação,
entraram na sala do médico e, após a devida identificação, deram voz de prisão
ao mesmo.
Tudo a ação foi
filmada e fotografada, com recolhimento de materiais que comprovam que o médico
estava em pleno exercício de atividade.
Após efetuar a prisão
do médico, os policiais foram até a sua casa (na sua casa), encontrando lá mais provas sobre
as atividades do médico no município, como quantidade significativa de
medicamentos, provavelmente da Farmácia Básica ou da própria
Unidade.
Aflito e em ato de
desespero, o Carlos Augusto empreendeu uma fuga, pelos fundos da casa, dando-se
em seguida uma perseguição ao mesmo. Como forma de alertá-lo, foi efetuado um
disparo para cima para conter o fugitivo que, em seguida, foi capturado pelos
policiais dentro de um matagal próximo ao campo de futebol da cidade, local onde
estava acontecendo os jogos escolares.
Em seguida, foi
encaminhado à Delegacia de Polícia de Urbano Santos para as providências legais.
A população
acompanhou todo o desenrolar dos fatos, numa mistura de temor, alívio e alegria,
pois esse fato já era esperado a qualquer momento, pois já tinha sido objeto de
investigação, denúncia e encaminhamento aos órgãos públicos pelo Núcleo de
Defesa da Cidadania de Belágua, ao receber reclamação da população sobre
contínua embriaguez, mal atendimento e desleixo do médico no exercício da
profissão no que diz respeito ao atendimento dos pacientes do
município.
Após a ação da
Polícia Federal (a operação foi realizada pela POLÍCIA CIVIL), membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) compareceram
ao local, a fim de se colher informações e se inteirar dos fatos.
A CPI foi criada no
último dia 16 de setembro de 2011, após denúncias do Núcleo sobre ações do poder
público local, com fortes indícios da existência de corrupção no
município.
Enquanto a população
comentava o fato, a ação da polícia e as várias denúncias feitas à Secretaria de
Saúde, sem nenhuma providência ter sido tomada, o Secretário de Administração e
Finanças do Município, Jerônimo Mendes Junior, ocupando espaço de rádio que
funciona ilegalmente, o que pode gerar outra ação da Polícia Federal, comunicou
à população que o ocorrido não era do conhecimento, nem tinha nenhuma relação
com a administração municipal, pois era um problema pessoal do médico.
Completou afirmando
que a secretária de Saúde do município, Thâmara Rodrigues Pestana, havia
investigado a vida profissional do médico e não encontrou nenhum problema de
ordem profissional.
Concluindo o
pronunciamento, informou que, por ordem do Prefeito, o médico estava sendo
exonerado naquele momento.
Quanto aos
medicamentos encontrados na casa do médico, afirmou que eram do município, que
ele mesmo havia deixado lá por volta de 01:30hs, madrugada do dia 30 de setembro
de 2011, dia em que a Polícia Federal efetuou a prisão de Carlos
Augusto.
Não passa de conversa
de “joão sem braço” as informações prestadas pelo secretário de Administração
municipal, pois no dia 28
de março de 2.011, após denúncias feitas pela população de Belágua em
audiência Pública, este espaço publicou informações disponíveis no sítio do
governo federal sobre a duplicidade de cadastros do médico Carlos Augusto, que
trabalhava em Belágua, Milagres do Maranhão e em dois hospitais de
Recife/Pe (foi constatada duplicidade
justamente porque o Jadielson usava documentação do médico Carlos
Augusto). Carlos Augusto NÃO é falso médico e NÃO foi preso... e sim
teve seus dados usados pelo falso médico Jadielson).
Após as denúncias,
o
médico foi exonerado doposto de Saúde Piquizeiro e, numa espécie de fraude,
continuou a trabalhar para o município, dessa vez na Unidade Mista, mantidos os
dois cadastros em Recife/Pe, ilegalmente, tudo à vista da secretária de Saúde e
do Prefeito. Foi este tipo de denúncia que
levou a Policia Civil a investigar o fato e descobrir que alguém se
passava por Dr. Carlos Augusto.
Se o médico não tinha
nenhum problema profissional, então para a secretária de Saúde era correto o
mesmo acumular funções no Maranhão e em Recife/Pe ou não via nada de errado no
fato do mesmo não dar expediente no posto de Saúde Piquizeiro, reclamação
constante da população.
Caso tivesse sido sua
intenção tomar providência, a secretária tinha tomado, teria recebido as
reclamações do povo bem como acessado as informações que estão disponíveis no sítio do governo federal.
De duas uma: ou não
sabia, e não sabendo não serve para ser secretária, ou compactuou com o crime, e
por isso deve ser investigada, juntamente com o prefeito.
Quanto aos
medicamentos, a situação é de enorme gravidade, pois bens públicos não podem
ficar sob a guarda de particulares, configurando ato de improbidade
administrativa do secretário de Administração, que sabia do fato e não tomou
providência.
O certo é que esse
fato precisa ser bem explicado, pois existem mais envolvidos, uns por
compactuarem, outros por serem coniventes com o errado.
Para a população de
Belágua um momento importante na sua história, uma demonstração clara de que
organizado o povo pode, deve e tem como combater a corrupção.
Quanto ao Núcleo de
Defesa, apenas o sentimento do dever cumprido, de que a organização continuará
denunciando as inúmeras violações de direitos sofridas pelo povo.
Para o povo que nunca
tinha visto algo semelhante o espanto, mas a conversa de beira de esquina era
uma só: isso foi apenas o primeiro passo. Ou melhor, a primeira ação. É bom que
fulano se cuide, que sicrano ande direito, pois os homens qualquer dia desses
irão bater em outras portas.
Aguardem os próximos
capítulos!